Segurança Digital

Brasil: hacker assume ter fraudado resultado das eleições em 2012

Durante um seminário sobre a segurança das urnas eletrônicas brasileiras, na última segunda-feira (10), um jovem hacker de 19 anos conhecido como Rangel mostrou como fraudou as eleições municipais do Rio de Janeiro em 2012.

Através de acesso ilegal e privilegiado à intranet da Justiça Eleitoral do Rio de Janeiro, interceptou os dados alimentadores do sistema de totalização de votos e, após retardar o envio desses dados aos computadores da Justiça Eleitoral, modificou resultados beneficiando candidatos em detrimento de outros. E nada foi oficialmente detectado.

“A gente entra na rede da Justiça Eleitoral quando os resultados estão sendo transmitidos para a totalização e depois que 50% dos dados já foram transmitidos, atuamos. Modificamos resultados mesmo quando a totalização está prestes a ser fechada”, explicou Rangel.

Rangel, que está vivendo sob proteção policial e já prestou depoimento na Polícia Federal, declarou aos presentes que não atuava sozinho: fazia parte de pequeno grupo que alterava votações antes que elas fossem oficialmente computadas pelo TRE. Segundo ele, a fraude era feita em benefício de políticos com base eleitoral na Região dos Lagos – e citou explicitamente o deputado Paulo Melo (PMDB), atual presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.

“O TSE pode fazer mais. Além da apuração rápida dos votos, que já nos oferece, deveria propiciar uma apuração conferível pela sociedade civil”, considerou o Relatório sobre o Sistema Brasileiro de Votação Eletrônica, em 2010.

O Brasil é o único país do mundo que permanece utilizando significativamente sistemas de votação eletrônica que não fornecem um nível desejável de transparência.
Silvio Meira, do Terra Magazine

fontes:
Site do PDT
Terra Magazine

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